(L)

«não me esqueci de ti, nem de nós» (L) !

11.11.10

podias ter-me dito que irias sair da minha vida, irias deixar-me. eu sabia, eu sabia que a tua dita "paixão" se iria esmorecer com o tempo, com os dias frios e quentes, com as palavras não ditas, com as confusões e com as discussões. existe o TEMPO. o tempo de pensar, o tempo de agir, o tempo de amar, o tempo de querer, o tempo de confiar e acreditar, mas tu só seguiste um, o tempo de desistir. conjugaste este verbo, sem um único erro.
quando amamos alguém temos sempre tempo para essa pessoa, a dita tão especial, tu nunca tiveste.

«as palavras são os meus passos, cada frase será como uma pedra que deixo atrás de mim para não me perder no regresso.»

26.8.10

ESTES TEXTOS SÃO COMPLETAMENTE PASSADO. :)

em breve novos.

14.7.10

roda viva.

todos começamos da mesma forma; primeiro gatinhamos, depois vêm os primeiros passos. passos de bebé: curtos. inseguros como tu! andas agarrado às coisas. cais. choras. levantas-te. voltas a cair. voltas a levantar-te. vais ganhando confiança e um dia descobres que já consegues andar sozinho. decides ir correr mundo. andar e correr. caminhas com a segurança de que o mundo é teu. um mundo à tua espera. um mundo que não pode esperar. corres. saltas. avanças. no sorriso tens a felicidade da descoberta. tanto por ver; tanto por sentir. não te cansas. não descansas. e não paras. nunca. fechas os olhos, sentes a velocidade e a brisa no rosto. sentes o sol e a chuva. o frio. o calor. o vento. o dia. a noite. e a certeza de que o mundo é um lugar seguro. mas de repente abres os olhos e vês; olhas e reparas. na verdade, nunca saíste do mesmo lugar! corres em círculos. descobres que a vida não passa de um carrossel que gira à tua volta e tu, lá dentro, não o consegues parar. não tens força para o controlar. ouves, lá longe. o ritmo aumenta e tu tentas acompanhá-lo. velocidade. vertigem. medo. coragem. fúria. silêncio. paz. guerra. início. fim. recomeço. queda. ascensão. partida. chegada. avanço. recuo. dúvida. certeza. problema. solução. desespero. esperança. dor. prazer. vida. morte. fome. pão, é tudo ao mesmo tempo e tu sem saberes para onde olhar.descobres que menos que tudo é nada. esforço. mais uma tentativa de agarrar a vida. uma tentativa vã de a controlar. a roda gigante continua, implacável. nada a detém. e o tempo lá fora que corre, voa. sentes as pernas a fraquejar. sentas-te no chão frio. exausto. esgotado, enjoo. nojo. náusea. e o mundo não pára de girar. suspenso, imóvel, vencido, esperas por uma oportunidade para recomeçar.

amo-te, tal e qual como tu és. «3

10.7.10

e é assim.

há alturas da vida em que temos que voar. mas não sabemos como se nasce esse impulso. e se não o conseguirmos atinguir, vamos ficar marcados para a vida inteira. os remorsos e a sensação de culpa perseguem-me, é como um pesadelo, que nunca nos abandona. e isso vai-nos parecer que as outras pessoas nos vigiem, nos condenam, nos desprezem e falem mal. e esse impulso só acontece uma vez, e é quase imperceptível. mas pode haver um mecanismo estranho que nos cega, nos insensibiliza nesse momento, e nós não entendemos os sinais do impulso. isso aconteceu-me a mim.
tenho dias que estou em plena felicidade, outros, vou abaixo assim do nada. lembro-me de coisas que já foram, certamente, esquecidas por ti. mas eu lembro-me de tudo, pormenor por pormenor, que vale por mim e por ti. mas apesar de eu me sentir dias e dias na merda, em que me falam mal de ti, eu estou sempre a contradizer tudo o que dizem, defendo-te com unhas e dentes, porque só eu, no fundo mas bem lá no FUNDO, sei como és. «não sei como és capaz de estar assim por aquela merda de rapaz» dizem-me isto vezes e vezes sem conta! mas só eu sei o que sinto, só eu sei dar valor a este sentimento, e mais ninguém precisa de o entender, até mesmo tu, que não estás nem aí para isto.
eu não permito que o desvalorizem e falem mal de ti à minha frente. ;)

24.6.10

tudo girava à volta dele.






«última mensagem recebida em 30-12-2009 às 20:21.»

foi a coisa mais linda que fizeste, pm.

20.6.10

é preciso ter uma amiga. uma amiga que chore por mim, e que também sorria. uma amiga que seja sincera, sinceridade acima de tudo. uma amiga que respeite, e que seja respeitada. uma amiga firme, que acredite em si mesma antes de qualquer coisa. uma amiga que esteja certa e às vezes errada. uma amiga que goste, que confie e desconfie. uma amiga que sinta a nossa dor e nos console. uma amiga que sinta a nossa felicidade e faça parte dela. uma amiga que seja o que é, sem mascaras. não é preciso seres excelente, basta seres assim, tal e qual como tu és! esta amiga toda a gente procura, mas fui eu que tive a sorte de encontra-la. tu? tu não és de ouro nem prata:
és muito mais que isso!
um dia encontrei-te, um dia separamos-nos, e um dia voltamos-nos a aproximar, bem dito seja este dia.
SU! (L)

11.6.10

enfim.

« não sei como começar este texto, não sei se ele fará algum sentido, mas preciso de te transmitir tudo o que ficou por dizer, antes que rebente de mágoa e tristeza, antes que os dias se sucedam num absurdo tão vazio e idiota que me faça perder a vontade de viver. aceito a tua partida inesperada mas, permite-me deixar-te nestas palavras que serão certamente as últimas que terás de mim. tenho à minha frente o caderno que te comecei a escrever, uma espécie de diário da minha paixão contida por ti. fui muitas vezes na minha vida, infiel aos outros, mas sobretudo a mim própria quando me recusava a escutar o meu próprio coração, e tantas vezes o fiz que receei tornar-me igual a quase toda a gente. sou de mim mesma o meu maior carrasco, posso debruçar-me sobre isto para te falar não da verdade mas da minha verdade daquela que carrego dentro do meu coração. olho para trás e vejo com tristeza que os meus erros contaminaram as recordações do tempo, e isso faz-me sentir culpada das coisas que não fiz! por isso aplico a mim mesma uma espécie de auto-flagelação, esperando que a dor infligida apague a original, e quando a segunda se esfumar, pouco reste da primeira, a não ser o sabor eterno e amargo de uma perda irresponsável. oprimeiro erro que cometi foi ter-me "apaixonado" por ti. não sei ainda hoje explicar o que me aconteceu. talvez, sem quereres ou saberes, tenhas tocado nos pontos cardeais da minha insegurança, e deles se tivesse acendido uma luz que segui cega e surda. ou talvez me tenha "apaixonado" apenas pela tua imagem , quando te tornaste real aos meus olhos te tenha adaptado a um ideal humanamente perfeito. de qualquer forma foi o erro primordial, o primeiro de todos. o segundo erro, e deste assumo toda a culpa, foi não te ter escondido o que sentia. queria-te tanto que pensei que isso te obrigaria a sentires o mesmo. nós só amamos o que é diferente, tu tinhas essa diferença que me cativou. mas devia ter aprendido a decifrar melhor os teus sinais, antes de me denunciar com os meus. quando te foste embora, percebi que a tua porta se tinha fechado para sempre. o coração quando se fecha faz muito mais barulho que uma porta, e acredita, oiço ainda o barulho do teu silêncio. mas aprendi muitas coisas, entre as quais, que ficar quieta também é uma acção, e assim, parei de sonhar.
não te sintas tentado a sentir algum tipo de compaixão, lê-me apenas até ao fim é tudo o que te peço. o
meu terceiro erro, já te disse qual foi. caímos num duplo equivoco: nunca acreditaste que eu gostava de ti e sempre gostei, nunca acreditei que não me amasses e afinal não chegaste sequer a gostar. outro dos meus erros foi de não reconhecer em ti aquilo que eu própria sou, o que me fez vitima das minhas próprias armas.
tu és um sedutor compulsivo e um jogador nato. seduzes para conquistar e jogas para ganhar. devia ter pressentido em ti que a sede de vitória iria sempre suplantar qualquer outro interesse. mas
cometi ainda outro erro ao me calar, ao não te ter dito, desde o primeiro instante tudo aquilo que pensava. posso ser pouco frontal, mas não sou como tu, indefinido, indeciso, secreto, manipulador, subtil ao teu jogo, cauteloso com os teus passos. talvez não sintas tudo à flor da pele como eu, que sou toda feita de coração. tu és frio, foges dos sentimentos como uma criança de um cão grande. o teu cinismo e indecisão em relação ao amor criaram-te uma carapaça da qual nem tu próprio te consegues libertar.
gostei de ti de uma forma desajeitada, arrebatadora e incondicional, sempre querendo e desejando o melhor para ti. o melhor, só tu mesmo poderás encontrar e hoje estou certa que não passa por mim. não é a dor da rejeição que me massacra, é a dor de saber que nada poderá sobrar deste amor. guardo intacto tudo o que sinto por ti. mas é melhor que os nossos olhos nunca mais se cruzem, é melhor que a palavra adeus seja essa e não outra. chegámos ao fim do caminho, e a partir de agora todas as palavras serão inúteis.
nunca saberei até que ponto ages com o coração ou apenas com a cabeça, até que ponto te entregas ou apenas jogas, até que pontos sentes e ages, ou apenas observas. e é por nunca ter sabido quem és, que um dia te conseguirei esquecer. »
pm.